VAZIO

Sem lua ou sol pra ver,
Sem frio ou calor pra sentir,
Não havia som ou qualquer outro ruído para se ouvir,
Era cinza e totalmente morto

Algo aparecia e sumia,
Uma linha, duas... Milhares,
Opa, mais um a vagar...
Nesse ambiente tudo era neutro

Cada piso, pequenas ondas se formavam...
Água era pálida como a sombra deste que passou,
Apenas sobras sobre incertezas de uma vida,
Cada alma em seu único e próprio espaço

De tempos a visão ficava turva, parecia dopada...
O "corpo" ficava tremulo e retorcido, parecendo um sonho estranho
O sentimento era confuso e complexo, porém familiar, deixando a desejar
Nesse lugar não existem certezas, o que reinava era a dúvida do "Talvez"

Todos andavam e continuavam...
Logo desapareciam, logo paravam
Para ver o que não podiam... O além
Não havia dor nem alivio

Era absurdo, mas ao mesmo tempo agradável
Inquietante, mas trazia paz
Era vazio por nada ter por lá,
Era tudo focado na concentração dos pensamentos

E eu voltava a vagar...

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