Hoje é um belo dia para morrer...
Foi
segunda-feira, estava a esperar meu ônibus chegar.
Foi
quando sentir isso no ar, vindo dos céus até o meu respirar.
Não
foi violento, não teve ladrão, nem psicopatas a espreitar.
Mas
para qualquer um isso não é normal, nem sei porque comigo foi.
A
beira da morte, não é um pensamento animal. Nem numa briga de dois a dois.
Só
queria desaparecer, e nem corpo comparecer. Sumir, só não voltar mais, apenas ir.
Mas
o tempo não era ruim, muito menos a sensação.
Era
limpo de ouvir, prazerosa de sentir e sem dor no coração.
Eu
queria me libertar, deixar o corpo e voar e no céu estar.
Sem
se preocupar com nada, seguir meu caminho sem paradas.
Mesmo
assim, da terra não sair, minha mente vagava e meu corpo se enterrava.
Meu
ônibus passou, chegou e me levou.
Meu
sonho sumiu e meu ônibus, seu caminho seguiu.
Estava
em casa, a admirar o luar. Para quase nada, fui buscar meu lugar.
Deitei
e logo de cama fiquei. O céu estrelado com nuvens por todo lado.
Foi
difícil, mas logo dormir. Só silêncio havia, por isso na melodia, adormecer
conseguir.
Mas hoje é um belo
dia para morrer, e só eu conseguir sobreviver, a esta noite do luar.
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