Palavras
Estava frio e chovia bastante, com as palavras, ele era calmo Sorrindo por dentro até se esconder na escuridão da sua própria mente, Abria-se em tons graves que mudavam na deformidade expressas em morte, "Era a mim, era a ti... o que era o que eu queria?" A chuva cuspia sua raiva ao rancor das palavras ditas pelo tal, O ar gélido subia enquanto a dor era vista por dentro, "Saia daí... vai adoecer" - um tom amoroso sopra perante as nuvens, Ardia, era febre, eram os olhos, eram as feridas expostas Já não via com clareza toda a sua situação, cairá no chão com seus porquês infinitos Sangrava como as páginas de um livro santo, poético era ver tudo lavar e levar ao ralo Fechava o punho se debatendo contra o corpo, e o outro, amassava a foto "Eram crianças apenas... E Você os deixou levar de mim!" - rendia-se na lama Berrava: por saudades, por amor, pelas canções dos bons momentos A chuva parava conforme o silêncio ecoava...